A escassez de profissionais qualificados na área de Tecnologia da Informação é um dos principais desafios para o progresso do setor no Brasil. Contratar e manter um profissional de TI para desenvolver e fornecer suporte a sistemas pode representar um custo proibitivo para pequenas e médias empresas. Para preencher essa lacuna, surge um novo modelo de sistemas conhecido como plataformas low-code.
As plataformas low-code são ferramentas que facilitam a criação de sistemas de baixa ou média complexidade. Sua característica distintiva é a utilização de estruturas modulares, simplificando a programação por meio de interfaces mais visuais e intuitivas. Embora exijam um conhecimento básico em linguagem de programação para o desenvolvimento de programas, são menos complexas do que a programação convencional.
Ao comparar low-code com no-code, observamos que, enquanto o uso de uma plataforma low-code requer algum conhecimento em programação, o no-code é mais acessível, permitindo a criação de programas por meio de comandos como arrastar e soltar. No entanto, as aplicações criadas em plataformas no-code são, geralmente, de baixa complexidade, sendo mais adequadas para atividades domésticas ou pequenos negócios, devido à ausência de código.
As plataformas low-code oferecem vantagens significativas, incluindo a redução das equipes de TI nas organizações. Sistemas desenvolvidos nessas plataformas são intuitivos, facilitando a identificação e correção rápida de bugs. A automação parcial também reduz os erros humanos na codificação, tornando o desenvolvimento mais acessível em comparação com os métodos tradicionais, que demandam a escrita completa do código por profissionais especializados.
No entanto, as plataformas low-code apresentam desvantagens, como incompatibilidade com sistemas mais complexos, como soluções de ERP, e opções limitadas de personalização. Os recursos disponíveis para cada programa são relativamente limitados, e auditorias de segurança são necessárias para avaliar a proteção dos dados.